quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

STEREO registra de erupção solar incomum

A NASA divulgou nesta semana imagens feitas pela sonda Stero em 27 de janeiro. A sonda fotografou arcos de plasma se elevando na superfície do Sol.

A primeira cena da ejeção de massa coronal (Foto: NASA)

A ejeção de massa coronal estende-se por centenas de milhares de quilômetros na atmosfera externa do Sol, chamada coroa. Segundo cientistas da NASA, a forma, mais estreita, e a velocidade da proeminência são atípicas.

A segunda cena da ejeção de massa coronal (Foto: NASA)

Ejeções de massa coronal podem causar problemas na Terra. As partículas carregadas podem prejudicar satélites, atrapalhar comunicações, interferir na navegação de aviões e interromper o fornecimento de energia em residências e indústrias.

Hoje, a NASA mantém 18 missões de observação da estrela. O último reforço é a Solar Dynamics Observatory, lançada em 11 de fevereiro. A SDO vai tirar fotos detalhadas do Sol a cada 0,75 segundo. A cada dia, enviará à Terra 1,5 terabyte de informação.

Plutão: 80 anos da descoberta

Em 18 de fevereiro de 1930, astrônomo norte-americano Clyde Tombaugh, falecido em 1997, analisava imagens do céu produzidas pelo Observatório Lowell (Arizona, EUA). Ao ver fotos feitas em duas noites de janeiro daquele ano, ele identificou um corpo se movendo de modo diferente ao das estrelas ao fundo: Plutão. A descoberta foi anunciada em 13 de março de 1930, dia do nascimento de Percival Lowell, astrônomo que também fez buscas por um novo planeta no Sistema Solar, mas não viveu o suficiente para fazer a descoberta.

A descoberta completa 8 décadas sem que os cientistas tenham descoberto exatamente o que ele é. Até hoje, eles não têm muita certeza a respeito do que Plutão é formado e quais são suas origens. O astro também tem uma órbita esquisita na comparação com os demais, em um ângulo diferente em relação ao Sol.

Concepção artística de Plutão (Foto: Eduardo Oliveira e Solar System Simulator/JPL/NASA / reprodução)

A classificação de Plutão foi muito debatida por muitos anos, mas o desenvolvimento de telescópios mais potentes permitiu a descoberta de corpos celestes parecidos com Plutão – com isso, ou os astrônomos reconheciam a existência de outros planetas ou rebaixavam o nono do Sistema Solar. No fim de agosto de 2006, União Astronômica Internacional (IAU) optou pela segunda opção.

Nesse período, astrônomos reuniram em Praga, capital da República Tcheca, para debater a questão de Plutão. No dia 24, ele foi excluído da lista de planetas quando 424 astrônomos chegaram a um acordo sobre a definição de planeta.

Eris, maior do que Plutão, fica junto com ele cinturão de Kuiper, uma zona além de Netuno que abriga milhares de corpos celestes e é berço de alguns cometas. Inicialmente chamado de 2003 UB313, Eris foi descoberto em janeiro de 2005 e apelidado de Xena por causa da série de TV. O astro acalorou o debate, pois se ele era 5% maior que Plutão, os dois deveriam ser planetas, ou nenhum deles.

A IAU, fonte oficial dos nomes celestes, tinha suspendido a classificação de "Xena" até que surgisse uma definição científica para planeta. Depois de um acirrado debate, os astrônomos decidiram que nem "Xena" nem Plutão definiriam essa questão.

Eles inventaram uma nova classe para objetos que fossem grandes o suficiente para que sua gravidade lhes dê a forma esférica, porém pequenos o bastante para que sua gravidade não consiga remover os vizinhos em órbitas próximas. São os planetas anões. Essa classe inclui Plutão, "Xena" e Ceres (o maior asteróide já descoberto, detendo 25% da massa do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, onde sua órbita está localizada).

Os astrônomos também concordaram que Plutão fosse o protótipo de uma nova classe de objetos trans-netunianos, à qual Eris também pertence.

Uma das campanhas contra a definição da IAU (Foto: arquivo)

As reações a essa decisão variaram desde suspiros de alívio até a frase de pára-choque "Buzine se Plutão ainda é um planeta". Alan Stern, que lidera a missão New Horizons, da NASA, rejeita a solução da IAU por considerá-la inviável, não didática, cientificamente falha e embaraçosa.

Deixando de lado os detalhes menos importantes, a decisão da UAI toma necessariamente a supremacia gravitacional. Um aspecto importante para que um planeta seja planeta, segundo Michael Brown, do Caltech, um dos descobridores de Xena. Assim, Plutão cai para a "série B".

Plutão e "Xena" logo receberam números oficiais no catálogo de planetóides da UAI – 134340 e 136199, respectivamente. Em 13 de setembro, a UAI deu a "Xena" o nome oficial Eris, deusa grega da discórdia e rivalidade. Brown disse que o nome da mitológica deusa arruaceira foi "perfeito demais para ser rejeitado". A lua de Éris é Dysnomia, filha de Éris e essência da ilegalidade (lawlesslless, em inglês) - uma referência que ainda preserva a ligação com “Xena, a Princesa Guerreira” estrelada por Lucy Lawless.

Fotos mais recentes de Plutão, feitas pelo Telescópio Espacial Hubble (Foto: NASA/ESA/M. Buie, Southwest Research Institute)

Apesar de ter perdido status, Plutão ainda é interessante do ponto de vista científico. A sonda New Horizons, deve chegar ao local em 2015 para fazer imagens mais próximas. No começo deste mês a agência divulgou um estudo que revela detalhes das mudanças que aconteceram em Plutão nos últimos anos: o "ex-planeta" está mais avermelhado, com mais brilho em seu hemisfério Norte e com o Sul mais escuro.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Calor?

Cientistas do Brookheaven National Laboratory, do Departamento de Energia dos Estados Unidos, conseguiram produzir a temperatura mais ala da Histórias dos laboratórios.

4.000.000.000.000°C

Isso mesmo: quatro trilhões de graus Celsius.

Quente o suficiente para transformar a matéria no tipo de sopa que existiu milionésimos de segundos depois do Big Bang.

Eles usaram um acelerador de partículas gigante em Nova York para fazer íons de ouro baterem uns contra os outros produzindo explosões ultra-quentes que duraram apenas milésimos de segundos. Foi suficiente para dar aos físicos assunto para anos de estudo que podem ajudar a entender por que e como o Universo foi formado.

"Essa temperatura é alta o suficiente para derreter prótons e nêutrons", disse Steven Vigdor, do Brookhaven, em uma entrevista coletiva num encontro da Sociedade Americana de Física, em Washington, hoje. Essas partículas formam átomos mas são formadas por componentes menores: quarks e glúons.

Agora, os cientistas estão caçando minúsculas irregularidades capazes de explicar por que a matéria se acumulou nessa sopa quente primordial.

Eles também esperam usar suas descobertas em aplicações mais práticas (como a "spintrônica", cujo objetivo é peças de computador menores, mais rápidas e mais potentes).

Eles usaram o Colisor Relativístico de Íons Pesados (RHIC), um acelerador de partículas com 3,8 km de comprimento a 4 metros abaixo do chão em Upton, em NY, para fazer o experimento.

O RHIC
(Foto: Brookhaven National Lab. / divulgação)

"O RHIC foi projetado para criar matéria nas temperaturas encontradas inicialmente no universo antigo", disse Vigdor. Eles calculam que a temperatura de 4 trilhões de graus esteja muito próxima disso.


Para dar uma ideia do que ela representa, o centro do Sol está a 15 milhões de graus, o ferro derrete a 1.800 graus e a temperatura média do Universo é atualmente de 2,7 grau acima do zero absoluto.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

SDO decola com sucesso

Hoje, às 13h23, a NASA lançou um Atlas V com a sonda Solar Dynamics Observatory (SDO, Observatório de Dinâmica Solar). O lançamento, claro, foi no Kennedy Space Center, na Flórida. Ontem, os computadores cancelaram automaticamente a sequência de lançamento por causa do vento quando faltavam menos de cinco minutos.

Lançamento!

O SDO vai ficar em órbita por cinco anos a 35 mil km da Terra enviando dados para uma estação no Novo México. Ele irá estudar a estrutura do Sol tentando compreender (e prever) suas atividades. 

Concepção artística do SDO


(Fotos: NASA)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

"Rio Dejaneiro" (?)

O Japonês Soichi Noguchi é engenheiro de voo na Estação Espacial. Ele csotuma tirar fotos da Terra e postá-las em seu Twitter.

Até aí, tudo bem.

Recentemente, ele divulgou uma foto de Salvador e disse que era do "Rio Dejaneiro"...


Confira!

Cadeia nele!

Na segunda, um engenheiro chinês foi condenado a 15 anos de xadrez prisão nos Estados Unidos. Ele vendeu tecnologia relacionada aos Ônibus Espaciais à China.

Greg Dongfan Chung, 73, era acusado de atuar como agente da República Popular da China, para a qual roubou tecnologia e segredos comerciais durante três décadas. Ele havia sido indiciado em julho do ano passado.

Ele trabalhava desde 1973 na Rockwell International a té a unidade de defesa e espaço ter sido adquirida pela Boeing em 1996.


Foto antiga de Chung, divulgada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos
(Foto: Reuters)

Segundo o magistrado Cormac Carney, a sentença lida durante o final do processo na periferia de Los Angeles, se traduz em uma mensagem ao governo da China: "parem de enviar espiões".

A promotoria explicou que Chung, nacionalizado americano, tinha acesso a documentos secretos sobre o programa dos Ônibus Espaciais quando trabalhava para a Rockwell e a Boeing.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O Ônibus Espacial Endeavour deveria ter sido lançado na manhã de domingo, mas uma camada de nuvens sobre o Centro Espacial Kennedy (Flórida) atrapalhou os planos da NASA.

A nave decolou na manhã de segunda, às 7h14 de Brasília, para a 32ª "ponte aerea" para a Estação Espacial Interncaional (ISS). Esta é a 130ª missão do Ônibus. Foi seu último lançamento noturno.


A acoplagem deve ocorrer na quarta e a missão de treze dias deve instalar os últimos grandes componentes da Estação. Um deles é o módulo italiano Ttranquility, que possui uma cúpula para observações.



Fazem parte da tripulação o comandante americano de origem colombiana George Zamka, o piloto estreante Terry Virts e os especialistas Nicholas Patrick, Robert Behnken, Stephen Robinson e Kathryn Hire.

Confira mais fotos e mais informações no BdA.

(Foto: Terry Renna/AP)

Progress M-04-M chegou à ISS na sexta

Na quarta-feira, a nave cargueira Progress M-04M foi lançada na quarta-feira da base de Baikonur (Cazaquistão) às 1h45 de Brasília. Nove minutos depois, a nave se desprendeu do foguete.
A acoplagem automática com a Estação Espacial Internacional (ISS) ocorreu na sexta-feira. A abertura da escotilha aconteceria por volta das 6h de Brasília, assim que a pressão do cargueiro fosse igualada

com a da ISS.

A nave russa levou à Estação 1,1 ton de combustível, 49 kg de oxigênio, 363 kg de água, 133 kg de alimentos e 98 kg de equipamentos médicos, roupas e artigos de higiene. Levou também chocolates, caramelos e DVDs de filmes russos recentes.
Pela primeira vez, há quatro naves russas acopladas à ISS ao mesmo tempo: as Soyuz TMA-16 e TMA-17 e as Progress M-03M e M-04M.
Atualmente, a tripulação da ISS é integrada pelos russos Maxim Surayev e Oleg Kotov, os americanos Jeff Williams e Timothy Creamer, e o japonês Soichi Noguchi.

Soichi Noguchi coloca fotos da Terra no Twitter

O japonês Soichi Noguchi, engenheiro de voo na Estação Espacial Internacional (ISS), divulgou em seu Twitter diversas imagens da Terra feitas do espaço.
Moscou
Entre as fotografias publicadas nos últimos dias, estão vistas de cidades como Moscou, Munique, e Roma. Pontos famosos como o Monte Fuji, o Monte Kilimanjaro, e a Ponte Golden Gate também foram registrados astronauta.
Monte Kilimanjaro (Tanzânia)
Um dos registros mais comentados pelos seguidores do astronauta é a composição das Ilhas Maldivas, "de tirar o fôlego", segundo Noguchi.
Ilhas Maldivas

Hubble revela mudanças de cor em Plutão

A NASA divulgou nesta quinta-feira o mais detalhado conjunto de imagens já feito sobre o Plutão. As fotografias foram tiradas pelo Telescópio Espacial Hubble.
 
Em termos de cor da superfície e brilho, a paisagem é complexa e variada, com áreas brancas, laranja-escuro e preto-carvão. Pesquisadores acreditam que uma radiação UV do Sol distante interagindo com o metano na superfície de Plutão produza resíduos pretos e vermelhos ricos em carbono.
O planeta anão passa por mudanças sazonais na cor e brilho de sua superfície. Plutão ficou mais vermelho, enquanto seu hemisfério norte, mais iluminado, fica mais brilhante. Por outro lado, o hemisfério sul se tornou mais escuro.
A mudança aconteceu entre 2000 e 2002.
Provavelmente, tais mudanças são consequências da sublimação de gelo superficial no polo que recebe a luz do Sol e congelamento no outro polo, enquanto o astrovai para a próxima fase de seu ciclo de 248 anos.
O disco da segunda imagem tem uma mancha brilhante misteriosa que é, de modo incomum, rica em uma espécie de "geada" de monóxido de carbono.
A NASA faz compara: Plutão tão pequeno e distante que observar sua superfície é "tão desafiante como tentar ver marcas em uma bola de futebol a 60 quilômetros de distância".

(Fotos: NASA, ESA e M. Buie)

Robonaut2

Há dez anos, a NASA desenvolveu o Robonaut,um robo humanoide capaz para tarefas arriscadas no espaço. Vamos supor que seja necessária uma caminhada espacial perigosa na Estação Espacial. Ao invés de arriscar um astronauta, envia-se o robô.
Agora, a NASA e a General Motors estão trabalhando juntas numa nova geração de robôs humanoides. O Robonaut2 pode trabalhar junto com humanos, usando as mesmas ferramentas. Os "subprodutos" tecnológicos decorrentes da empreitada serão aproveitados pela indústria automotiva.
O Robonaut 2, ou R2, é mais rápido que a versão anterior e capaz de usar suas mãos para trabalhos mais difíceis. "O R2 pode operar com segurança ao lado de pessoas, uma necessidade tanto no espaço quanto na Terra", diz a NASA
A primeira parceria da NASA com a GM aconteceu nos anos 60 para desenvolver os sistemas de navegação das missões Apollo. A construção do primeiro jipe lunar também contou com a colaboração da empresa.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Arquipélagos artificiais de Dubai vistos do espaço

Os astronautas na Estação Espacial Internacional (ISS) podem ver dois mapas do mundo. Além do próprio planeta, há um arquipélago artificial em Dubai (nos Emirados Árabes Unidos) que tenta reproduzir o contorno dos continentes usando 300 pequenas ilhas.

Arquipélagos artificiais em Dubai vistos da órbita (Foto: Earth Observatory/NASA / Divulgação)

A construção do "The World Islands" durou de 2003 a 2008. Foram usados 320 milhões de metros cúbicos de areia. Para proteger a construção, mais 37 milhões de toneladas de pedra foram colocadas em uma barreira circular, que também pode ser vista na imagem.

Ao lado esquerdo, embaixo, aparecem as as "Palm Islands", cuja construção terminou em 2006.

A imagem foi obtida pela NASA em 13 de janeiro.

Hubble fotografa o centro da galáxia

Uma imagem da Via Láctea obtida pelo Telescópio Espacial Hubble mostra uma nova população de estrelas maciças na parte central da galáxia. Esses astros têm pelo menos oito vezes a massa do Sol e são milhares de vezes mais brilhantes.

Obtida com sensores infravermelhos, a foto mostra também estruturas formadas por gases quentes e carregados de íons que rodeiam o local, distante a 300 anos-luz da Terra.

Nova imagem em infravermelho do centro da Via Láctea obtida pelo Hubble (Foto: NASA, ESA, Universidade de Massachusetts e Caltech/Divulgação)

De acordo com a NASA – que gerencia o Hubble junto com a ESA – essa é a imagem mais bem-definida do centro de nossa galáxia obtida em infravermelho, e pode servir para explicar melhor como as estrelas maciças se formam e influenciam o violento núcleo de outras galáxias.

A foto é um mosaico de 2.304 captações de luz obtidas entre junho e fevereiro de 2008.

Hubble faz foto rara de colisão de asteroides

Em janeiro, o Hubble fotografou uma estranha cauda forma de "X".

P/2010 A2, com cauda que pode ser resultado de colisão (Foto: NASA, ESA, D. Jewitt (Universidade da Califórnia, Los Angeles))

Ela pertence a um asteroide chamado P/2010 A2. Ele está no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. Quando foi fotografado, estava a 144 milhões de quilômetros da Terra.

Quanto à auda,  acredita-se que ela tenha sido criada pela colisão de dois asteroides. Pesquisadores já imaginavam que o fenômeno fosse comum nessa região, mas jamais viram acontecer.

Segundo a NASA, colisões de asteroides liberam muita energia, com um impacto que ocorre a uma velocidade que é cinco vezes maior do que a de uma bala de fuzil.

Astrônomos dizem que a órbita do P/2010 A2 pode indicar que ele pertence a um grupo de asteroides que seriam fragmentos resultantes de uma colisão ocorrida há mais de 100 milhões de anos. Um fragmento daquela colisão pode ser o asteroide do famos impacto contra a Terra há 65 milhões de anos.

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...