sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Duras de matar

Cientistas da Open University realizaram o seguinte experimento: deixaram uma pedra com bactérias no exterior da Estação Espacial Internacional (ISS) por 533 dias. Elas foram expostas a raios cósmicos, forte radiação UV e grandes mudanças de temperatura. Além disso, toda a água presente na pedra desapareceu no vácuo. Agora, o resultado do experimento foi anunciado: algumas bactérias SOBREVIVERAM!!!

Já era sabido que esporos de bactérias conseguem sobreviver vários anos em órbita, mas este é o maior período de sobrevivência registrado por cianobactérias no espaço. Elas foram tiradas de penhascos de Beer, costa sul da Inglaterra, e têm uma parede celular espessa - que pode ser um motivo para terem sobrevivido à prova.

Quando as rochas foram enviadas ao espaço, tudo o que se sabia é que tinham comunidades de bactérias diferentes. Não se tinha ideia de quais delas voltariam vivas à Terra – se é que alguma o faria.

"Acreditamos que esse micróbio pode ser usado em sistemas de suporte vital, para manter pessoas na Lua ou em Marte, onde não há oxigênio", disse o professor Charles Cockell, participante do Estudo.

Segundo a pesquisadora Karen Olssonncis, também da Open University, "também existe um conceito de que se nós tivéssemos de desenvolver bases na Lua ou em Marte, poderíamos usar bactérias para biomineração, ou seja, para extrair minerais importantes das rochas".

A pesquisa alimenta uma teoria bem popular de que micróbios podem viajar de um planeta a outro em rochas (meteoritos) e semear vida onde ela não existe.

 

"Bactéria sobrevive 553 dias no espaço", BdA, 27/08/2010

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