domingo, 25 de setembro de 2011

Tudo o que sobe…

A NASA confirmou neste sábado (24/09/2011) que o Satélite de Pesquisa da Atmosfera Superior (UARS) se desfragmentou na atmosfera, com parte dos destroços caindo em solo terrestre durante o início da madrugada.

Segundo a agência, restos do satélite atingiram a superfície da Terra entre 0h23 e 2h09 de Brasília. "O satélite estava passando sobre Canadá e África, assim como sobre vastas zonas dos oceanos Pacífico, Atlântico e Índico", explicou a agência, que ainda não consegue dizer os locais exatos onde as peças do UARS aterrissaram. Segundo a agência no momento em que entrou na atmosfera, o UARS estava no norte no Pacífico

Relatos no Twitter diziam que fragmentos do equipamento poderiam ter caído na região de Okotoks, uma cidade ao sul de Calgary, no oeste do Canadá. A NASA não confirma esta informação, destacando apenas que pedaços encontrados do satélite são de propriedade norte-americana e devem ser devolvidos à agência.

A NASA também afirmou não ter registros de danos ou vítimas causadas pela queda do UARS.

O órgão acredita que fragmentos possam ser encontrados em outros lugares, como na África ou na Austrália. Anteriormente, a NASA vinha informando que os restos do satélite deveriam se espalhar por uma área de 800 km e que não haveria riscos para a população.

A probabilidade de algum dos restos do UARS atingir uma pessoa era de uma em 3.200, segundo a NASA.

UARS (Foto: NASA)

O satélite voava sobre boa parte do planeta, entre 57°N e 57°S. Com 5,675 toneladas, 10,6 m de comprimento e 4,5 m de diâmetro, o tamanho de um ônibus, o aparelho foi lançado pela há 20 anos pelo ônibus espacial Discovery. Desativado em 2005, o equipamento foi se aproximando da Terra por conta da ação solar e da gravidade do planeta. A NASA esperava que o satélite se fragmentasse em 26 pedaços, com pesos variando entre 1 kg e 158 kg.

O UARS é o maior satélite da NASA a cair sobre a superfície terrestre depois do Skylab, que se precipitou na zona ocidental da Austrália em 1979.

Segundo Jonathan McDowell, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, nos Estados Unidos, pedaços de foguetes e satélites voltam à Terra todos os anos, sem nenhum dano. Ele lembrou que só este ano dois grandes pedaços de foguetes russos já caíram na Terra, sem grandes repercussões.

Mesmo a antiga estação russa Mir caiu no Pacífico com segurança, em 2001. Mas sua predecessora, a Salyut 7, caiu sem controle em 1991. O último retorno de satélite sem nenhum tipo de manobra da NASA foi em 2002.

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