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sábado, 9 de abril de 2011

WISE descobre asteroide que parece seguir a Terra

Círculo vermelho marca a posição do asteroide, rastreado por observatório no solo (Foto: NASA)

O observatório espacial infravermelho WISE, da NASA, encontrou um asteroide que nunca se aproxima de nenhum outro planeta do Sistema Solar, exceto a Terra, e que mantém uma órbita estável pelos arredores do nosso planeta, provavelmente, há milhares de anos.

O asteroide 2010 SO16 difere dos demais corpos que periodicamente se aproximam de nós por ter uma órbita praticamente circular, que nunca se afasta muito da Terra. Outros asteroides e cometas que passam por essas bandas geralmente cruzam as órbitas de outros planetas, também.

Mas calma!!! A NASA adverte que, embora esse asteroide pareça perseguir a Terra, ele nunca chega realmente perto em nenhuma outra escala além da astronômica: sua distância de nós jamais é inferior a 50 vezes a que nos separa da Lua!

Outra característica curiosa de 2010 SO16 é que, vista da Terra, sua órbita tem a forma de uma ferradura: nunca parece ultrapassar o nosso planeta, em sua trajetória ao redor do Sol.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

2010lt: supernova é descoberta por menina de 10 anos

No último domingo, Kathryn Aurora Gray, que vive em Fredericton, Canadá trabalhava com seu pai Paul Gray, astrônomo amador, e examinava na tela de um computador imagens de galáxias distantes captadas por um telescópio. Ela acabou descobrindo uma supernova e tornando-se a pessoa mais jovem a fazer este tipo de achado!

Kathryn Gray posa ao lado do telescópio da família (Foto: AP)

As fotos haviam sido enviadas para seu pai, que a ajudou a fazer a descoberta, descartando que se tratasse de um asteroide e verificando a lista de supernovas já conhecidas.

"Estou muito empolgada. É uma ótima sensação", disse a menina. "É fantástico que alguém tão jovem demonstre paixão pela astronomia. Que descoberta incrível", disse Deborah Thompson, da Sociedade Real de Astronomia do Canadá (RASC).

Supernovas são explosões de estrelas que podem brilhar até mais do que a galáxia por alguns momentos. Para identificá-las, é preciso observar imagens antigas de campos estelares e compará-las com novas. A supernova se revela como um ponto mais brilhante que estrelas comuns, podendo ser vista por um telescópio simples.

A descoberta, registrada como 2010lt, foi rapidamente confirmada por dois astrônomos amadores, o americano Brian Tieman e o canadense Jack Newton, e depois comunicada ao escritório central da União Astronômica Internacional. 2010lt está localizada na galáxia UGC 3378, a cerca de 240 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Girafa.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Cassini descobre atmosfera em Reia

A sonda Cassini, em órbita de Saturno desde 2004, de oxigênio e dióxido de carbono na atmosfera de Reia, a segunda maior lua de Saturno. Em março a sonda passou a 97 km da superfície de Reia em consegui coletar moléculas da atmosfera e confirmar a existência da camada de gases. Pesquisadores de Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha dizem que a presença de oxigênio na atmosfera do local é consistente com imagens feitas por equipamentos como o  Hubble.

A quantidade de oxigênio presente em Reia é muito inferior à que existe na Terra.  A atmosfera detectada pela Cassini é extremamente rarefeita, devido à baixa densidade e à massa pequena do satélite, entre outros fatores. A capacidade de um corpo assim conseguir reter gases e formar uma atmosfera, aliás, foi um dos aspectos que mais intrigaram os cientistas. Normalmente, os corpos celestes que possuem atmosfera costumam ser mais densos.

Reia tem apenas 1.500 km de diâmetro e está sempre coberta por uma fina camada de gelo. A estimativa é de que a temperatura no local seja de -180ºC. A atmosfera do satélite, que tem 70% de O2 e 30% de CO2, tem apenas 100 km – é tão fina que se estivesse submetida à temperatura e à pressão da Terra, caberia bem em um prédio de tamanho médio.

A descoberta vai ajudar os cientistas a entender onde mais no Universo pode haver oxigênio e a planejar futuras missões no espaço, inclusive com humanos.

"Cassini descobre oxigênio em atmosfera de Reia", BdA, 29/11/2010

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Amador irlandês descobre supernova

Mais uma prova da importância dos "amadores" para a ciência!!!

Em 17 de setembro, uma supernova ocorrida há 300 milhões de anos – foi descoberta por um astrônomo amador em um observatório improvisado no terraço de sua casa, em Dublin, na Irlanda. David Grennan, 39, já estava indo para a cama quando viu a explosão em seu telescópio. Ele comparou imagens da mesma região do céu tiradas em agosto e setembro e notou uma mancha preta nas últimas imagens, que não estavam lá antes.

Segundo Grennan, a força da supernova deve ser equivalente a 100 milhões de Terras explodindo ao mesmo tempo. Ela deve ficar visível ao telescópio durante dois ou três meses antes que desapareça.

Ele trabalha como desenvolvedor de software da CIÉ, uma empresa estatal de transporte irlandesa, mas gasta seu tempo observando estrelas, um hobby que ele tem desde os cinco anos.

Em entrevista ao jornal Daily Mail, nesta ontem, Grennan disse que comprou seu primeiro telescópio novinho em folha em 1991 e que foi melhorando seus equipamentos ao longo dos anos, até construir seu observatório em 2005.

David Grennan e sua mulher, Carol, no observatório caseiro que ele montou no terraço de sua casa, em Dublin, na Irlanda (Foto via R7)

Ele disse que comprou a maior parte dos instrumentos em uma loja do tipo "faça você mesmo" e montou o observatório em dois meses e que ganhou um telhado retrátil para que ele possa se proteger da chuva. Grennan costuma se dedicar duas noites por semana ao hobby, com Carol, sua mulher, que o ajuda a encontrar imagens interessantes.

Há dois anos, ele descobriu um asteroide de três metros de largura.

Que tal tornar-se um descobridor antes do próximo nascer do sol?

 

"Astrônomo amador descobre supernova", BdA, 08/10/2010

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Gliese 581 g

Manchete no Blog do Astrônomo (Foto: reprodução)

Manchete no R7 (Foto: reprodução)

Manchete no site da New Scientist (Foto: reprodução)

Manchete no G1 (Foto: reprodução)

Manchete no site da Reuters (Foto: reprodução)

As manchetes falam por elas mesmas. Ontem, a Fundação Nacional de Ciência (NSF) dos EUA anunciou que astrônomos descobriram o primeiro planeta fora do Sistema Solar com condições para a vida.

O exoplaneta Gliese 581 g é um dos seis planetas girando em torno da a anã vermelha Gliese 581 (cem vezes menos brilhante que o Sol), na constelação de Libra. Ele completa sua órbita em 37 dias e está à distância certa de sua estrela para conter água na forma líquida, que ainda não foi detectada. Sua massa está entre 3,1 e 4,3 Terras – valor relativamente baixo, indicando composição rochosa. Sendo rochoso e tendo esta massa, seu diâmetro seria 1,2 ou 1,4 o da Terra. A gravidade na superfície seria igual ou um pouco maior do que a da superfície terrestre.

Concepção artística de Gliese 581 g (Foto via New Scientist)

Por emitir tão pouca luz e calor, a zona habitável da estrela Gliese 581 – a 20 anos-luz (aprox. 190 trilhões de km) da Terra – se encontra muito mais próxima, se comparada com a do Sol. A uma distância tão pequena, planetas sentiriam puxões gravitacionais provenientes da estrela que provavelmente deixariam sua rotação mais lenta com o tempo, até que ficassem mostrando sempre o mesmo lado para ela: de um lado é sempre dia, de outro, sempre noite.

Uma primeira estimativa sugere que a temperatura seria de 71°C no lado diurno e -34°C no lado noturno, embora os ventos possam atenuar as diferenças redistribuindo o calor pelo planeta.

Steven Vogt, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz (UCSC), e Paul Butler, da Instituição Carnegie, em Washington, DC, usaram o telescopio Keck I, de 10 m, no Havaí, para medir as oscilações que a gravidade dos planetas causava na estrela. As observações duraram 11 anos. Eles combinaram seus dados com medidas publicadas por Michel Mayor, do Geneva Observatory, e seus colegas usando um telescópio de 3,6 m do Observatório Europeu do Sul (ESO) no Chile.

 

"Astrônomos encontram exoplaneta que pode sustentar vida", BdA, 30/09/2010

sábado, 29 de maio de 2010

Oceano de Europa tem bastante oxigênio

Europa, uma lua de Júpiter com 3.138 km de diâmetro, tem um oceano com cerca de 160 km de profundidade. Pelo que sabemos a partir da Terra, onde há água, pode haver vida…

Europa, fotografada pela sonda Galileu (Foto: NASA)

Uma nova pesquisa mostrou que a quantidade de oxigênio presente no oceano subterrâneo de Europa, lua de Júpiter, pode suportar milhões de toneladas de peixes.

Segundo Richard Greenberg, da Universidade do Arizona, as análises indicam que o oceano de Europa realmente deve ter mais oxigênio do que os oceanos da Terra. "Fiquei surpreso com a quantidade de oxigênio que pode ter lá", diz ele.

A preocupação é que esse oxigênio todo possa fazer mais mal do que bem. A fantástica reatividade desse elemento químico poderia, em princípio, interromper os processos químicos que dão origem à vida.

Na Terra, a vida teve mais de um bilhão de anos para evoluir antes que o oxigênio se tornasse abundante no ar. Todo esse tempo deu aos organismos a chance de desenvolverem mecanismos genéticos e estruturas físicas que lhes permitiram usar o oxigênio, em vez de serem destruídos por ele, como corre o risco de acontecer com as prováveis vidas existentes em Europa, descoberta em 1610 por Galileu Galilei.

"Análises feitas por telescópios na Terra ou em órbita podem dizer quais as substâncias estão misturadas ao gelo.", diz Greenberg.

Sua longa pesquisa faz parte da edição mais recente da revista científica Astrobiology.

Cientistas descobre origem das fendas do polo Norte de Marte

Com o radar da sonda Mars Reconnaissance Orbiter, cientistas conseguiram entender a formação das valas em espiral do polo Norte de Marte, um mistério de quase quatro décadas. As fendas são resultado de um longo processo de erosão pelo Sol e pelo vento.

Polo Norte marciano (Fotos: NASA/JPL-CalTech/MSSS/AFP)

A calota rica em gelo polar tem aproximadamente 1.000 km. Ela é dividida por faixas escuras em forma de espiral. As que ficam na sombra são as mais profundas. Elas não refletem a luz solar nem têm mais camadas internas expostas. À direita do centro, um grande desfiladeiro, o Chasma Boreale, quase corta a camada de gelo ao meio. O Chasma Boreale é quase do mesmo tamanho do Grand Canyon e chega a ter 2 km de profundidade.

sábado, 20 de março de 2010

NASA descobre "camarão" sob quase 200 metros de gelo

A NASA descobriu dois seres vivos em plena escuridão a quase 200 metros sob a camada de gelo da Antártida. A descoberta dá força à discussão sobre as condições nas quais a vida pode se desenvolver.

A agência disse ter encontrado um Lyssianasid amphipod, um crustáceo semelhante a um camarão, com uns 8 cm. Além disso, a NASA encontrou o que parecia ser o tentáculo de uma água-viva, de cerca de 30 cm.

Uma equipe introduziu uma pequena câmera através da espessa camada de gelo e a fez descer. A cerca de 190 m, os pesquisadores detectaram o crustáceo que, apesar de seu pequeno tamanho, rompe os princípios estabelecidos até hoje sobre as condições extremas nas quais pode haver vida.

Até agora, cientistas acreditavam que apenas alguns poucos micróbios eram capazes de viver nessas condições. A descoberta da NASA pode motivar expedições na busca de vida a locais até agora descartados no espaço, como planetas ou luas congeladas. Robert Bindschadler, pesquisador da agência que apresentou o vídeo da descoberta na reunião desta quarta-feira da União Americana de Geofísica, em Baltimore, diz que a equipe trabalhava com a ideia de que não ia encontrar nada.

"É um camarão que você gostaria de ter no prato", brincou.

terça-feira, 2 de março de 2010

Mais água na Lua!

O radar Mini-SAR, da NASA, abordo da sonda Chandrayaan-1 (um satélite lançado em outubro de 2008 que deve orbitar dois anos ao redor da Lua), da ISRO, detectou crateras próximas ap polo Norte da Lua cheias de gelo. As crateras têm de 1,6 a 15 km de diâmetro.

Imagem da sonda mostra as 40 crateras novas (vermelho) e irregulares (verde) com gelo encontradas no polo Norte da Lua (Foto: NASA)

"Embora o total de gelo dependa da espessura em cada cratera, estima-se que poderá haver pelo menos 600 milhões de toneladas métricas de água congelada", informou a NASA.

“O quadro que está emergindo das diversas medições, e dos dados dos intrumentos das missões lunares, indica que a criação, migração, depósito e retenção de água estão ocorrendo na Lua”, afirmou Paul Spudis, principal pesquisador do Mini-SAR no Lunar and Planetary Institute de Houston.

O achado "mostra que a Lua é um destino mais interessante e atraente no aspecto científico, operacional e de exploração do que as pessoas pensavam anteriormente", disse.

O Mini-SAR, um radar com menos de 10 kg, passou o último ano mapeando as crateras lunares permanentemente na sombra e invisíveis da Terra, usando as propriedades de polarização das ondas de rádio.

As descobertas do radar, que serão divulgadas em detalhes no Geophysical Research Letters, seguem as descobertas de outros instrumentos da NASA e se somam às informações sobre as diversas formas de água encontradas na Lua.

O Moon Mineralogy Mapper (da NASA), também a bordo do Chandrayaan-1, descobriu moléculas de água nos polos da Lua, enquanto o Lunar Crater Observation and Sensing Satellite (LCrOSS) da NASA encontrou vapor de água.

Os cientistas indianos da missão Chandrayaan-1 confirmaram as descobertas após a análise das ondas luminosas captadas pelos instrumentos norte-americanos.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

2 objetos inclassificáveis (pelo Kepler)

O telescópio espacial Kepler, da NASA, descobriu dois objetos que não se encontram em nenhuma categoria conhecida. Apresentados nesta terça-feira na reunião da Sociedade Americana de Astronomia (AAS), esses corpos que giram em torno de estrelas são quentes demais para serem planetas, mas muito pequenos para serem consideradas outras estrelas. A temperatura neles ultrapassa 14.000°C.

Jason Rowe, responsável pela descoberta, sugere que eles são planetas recém-nascidos, onde normalmente a temperatura é alta. Já Ronald Gilliland, do STScI (Space Telescope Science Institute, Instituto de Ciências do Telescópio Espacial), diz que os misteriosos objetos provavelmente são anãs brancas (estrelas) que estão morrendo, perdendo camadas exteriores e encolhendo.

 

Saiba mais: "Kepler descobre 5 exoplanetas" (06/01/2010)

Mais 5 exoplanetas (pelo Kepler)

O telescópio espacial Kepler, da NASA, foi lançado de Cabo Canaveral (Flórida) em 6 de março de 2009 com a maior câmera já levada ao espaço. Seu objetivo é encontrar planetas fora do nosso sistema solar.

Para isso, ele observa mais de 100 mil estrelas contínua e simultâneamente, percebendo variações de luminosidade criadas pela passagem de um planeta na frente da estrela. Se telescópio fosse direcionado para uma pequena cidade à noite, seus sensores seriam capazes de detectar a luz automática na entrada de uma casa quando alguém passa por ela.

A NASA deposita suas fichas nessa sensibilidade para encontrar planetas do tamanho da Terra a uma distância "agradável" de suas estrelas e que possibilitem a existência de água na superfície. Ou seja: planetas com ambientes onde podemos encontrar vida como a que existe por aqui. (Pois é. A vida é meio exigente!)

Poucas semanas depois de lançado, o Kepler descobriu cinco planetas fora so sistema solar. Nenhum deles com as condições que a nossa vida exige. A notícia foi dada nesta segunda numa reunião da Sociedade Norte-Americana de Astronomia (AAS) na capital dos States.

Eles se chamam Kepler 4b, 5b, 6b, 7b e 8b. O tamanho dos planetas varia de um raio quatro vezes maior do que o da Terra até planetas muito maiores do que Júpiter. Todos estam muito perto de suas estrelas em órbitas que variam ente 3,2 até 4,9 dias. A proximidade e o fato de suas estrelas serem muito mais quentes do que o Sol faz com que os novos planetas tenham temperaturas estimadas entre 1.200°C e 1.650°C.

O Kepler 7b é um dos planetas de mais baixa densidade já encontrado fora do Sistema Solar. São Cerca de 0,17 g/cm³, equivalente a do isopor.

A missão do telescópio é observar mais de 100 mil estrelas de forma contínua e simultânea. Ele percebe a presença de planetas ao observar variações de sombra quando um desses corpos celestes passa em frente ao seu sol.

A existência dos planetas identificados primariamente pelo Kepler foi confirmada por telescópios na Terra, inclusive o Keck I, no Havaí.

Os cientistas responsáveis pelo Kepler que o telescópio detectou a existência de centenas de possíveis planetas, mas são necessárias mais investigações para estabelecer sua real natureza.

Leia mais no BdA.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Krake Mare, o mar de Titã

Titã, com uns 5.150km de diâmetro, é a maior lua de Saturno. É também a segunda maior lua do Sistema Solar, só perdendo para Ganimedes (de Júpiter). Titã é a única lua que se conhece que conta com uma atmosfera densa. Essa atmosfera é rica em nitrogênio. A lua é frequentemente descrita como uma “Terra primitiva”.

No ano passado, foi anunciada a descoberta de um mar de etano líquido em seu pólo sul.

Agora, astrônomos alemães descobriram um outro mar - maior que o Mar Cáspio, considerado o maior mar interno da Terra. Hoje, o Centro Aeroespacial Alemão (DLR) anunciou que o tal mar tem uma superfície de até 400.000km². Ele é composto de metano líquido ou de outro tipo de hidrocarboneto.

O mar está no polo norte e sua descoberta foi possível graças às imagens obtidas pela sonda americana Cassini. Um espectômetro de mapeamento visual e infravermelho (VIMS) permitiu ver um brilho, similar ao reflexo do Sol sobre o mar.

Imagem registrada em 8 de julho de 2009, no 59º sobrevoo da sonda Cassini, a 200 mil quilômetros (Foto: NASA/JPL/University of Arizona/DLR)

O nome do mar, Krake Mare, tem origem em um monstro marinho das sagas nórdicas, um polvo ou lula gigante que atacava os navios e devorava os marinheiros.

A novidade será apresentada amanhã na convenção anual da União Americana de Geofísica (AGU) em San Francisco.

domingo, 29 de novembro de 2009

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Audiocast #004

14 de novembro de 2009

Aqui está outra edição do audiocast. As pautas são a passagem da sonda Rosetta pela Terra, a descoberta de água na Lua e a acoplagem de uma nave de carga à ISS.

Download: audiocast_004.mp3

LCROSS encontrou água na Lua!

A NASA anunciou nesta sexta-feira 13 que localizou uma "importante" quantidade de água congelada na Cratera Cabeus, no polo sul da Lua. O dado foi obtido graças aos choques promovidos pela sonda LCROSS (Lunar Crater Observation and Sensing Satellite - Satélite de Sensoriamento e Observação de Crateras Lunares) em 9 de outubro.

"A descoberta abre um nova capítulo em nossa compreensão da Lua", afirmou a NASA em um comunicado.

A colisão levantou uma coluna de material do fundo de uma cratera que não recebe a luz do Sol por bilhões de anos. Os dados preliminares obtidos da análise desses materiais "indicam que a missão descobriu, com sucesso, água", afirmou a NASA.

"A concentração e distribuição de água e de outras substâncias requerem mais análise, mas podemos dizer com segurança que Cabeus contém água", afirmou Anthony Colaprete, cientista da equipe do projeto LCROSS no Centro de Pesquisa Ames da NASA, em Moffett Field (Califórnia).

Cabeus é uma cratera com alta concentração de hidrogênio. Foi escolhida porque tem o fundo relativamente plano e não tem rochas em seu interior que pudessem impedir o choque diretamente no fundo da cratera. A busca de água na Lua tenta viabilizar bases permanentes de pesquisa e exploração lunar.

 

Leia mais no Blog do Astrônomo.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O mais novo objeto mais antigo do Universo

Até agora uma galáxia com detinha o recorde de objeto mais antigo conhecido.

Até agora.

Foi publicada na Nature a descoberta de uma estrela 150 milhões de anos mais velha. Ela foi observada no momento de sua explosão, 630 milhões de anos após o Big Bang, e foi chamada de GRB (Gama Ray Burst – Disparo de Raios Gama) 090423.

Se os 13,7 bilhões de anos de história do Universo fossem resumidos em um ano, essa explosão teria acontecido por volta do dia 15 de janeiro – a Terra surgiria só quase em agosto, e os humanos modernos, nos últimos 10 minutos do dia 31 de dezembro.

GRB 090423 (Foto: NASA)

A tal explosão foi violenta: sua luz foi emitida na forma de raios gama, a radiação mais energética que existe. Ela viajou esse tempão e só chegou à Terra agora!

As observações foram feitas com o satélite Swift, da NASA. Depois, por telescópios.

Os cientistas sabem que o Universo teve uma infância de trevas, na qual a matéria se agrupava, mas as primeiras estrelas ainda não haviam aparecido. O que eles não sabem é quando a escuridão se transformou em luz, já que encontrar objetos tão antigos é muito difícil. Até agora, os corpos celestes mais antigos datavam de 800 milhões a 900 milhões de anos após o Big Bang.

Para entender como os cientistas sabem a distância de um objeto, imagine o som de uma ambulância se aproximando rápido. Ele é diferente do som da mesma ambulância se afastando. A luz de um objeto que se aproxima também é diferente da luz de um que se afasta – mas é preciso estar muito rápido para que se perceba. (Isso se chama Efeito Doppler.)

Se a luz de uma estrela apresenta um desvio para o vermelho, é sinal de que está se afastando. Se o desvio é para o azul, está se aproximando. O GRB 090423 tem o maior desvio para o vermelho já observado: 8,2. Ele indica que a explosão ocorreu quando o universo tinha menos de 5% de sua idade atual.

O recorde anterior pertencia a uma galáxia cuja luz apresentava um desvio para o vermelho de 6,96, o que significa que era 150 milhões de anos mais jovem do que a GRB descoberta agora.

Os cientistas querem procurar conhecer quais eram os vizinhos da GRB 090423, olhandompara lá com o Hubble me 2010.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Mais 32 exoplanetas

O ESO – uma instituição europeia de pesquisa astronomica no Hemisfério Sul – divulgou hoje a descoberta de 32 planetas fora do nosso sistema solar.

O anúncio foi feito pelo astrônomo Stephane Udry, da Universidade de Gênova, durante uma conferência internacional sobre exoplanetas em Porto, Portugal. As descobertas foram feitas por uma equipe que tabalha com um espectrógrafo, um instrumento que analisa a luz. O espectrógrafo que a equipe usou estava acoplado a um telescópio de 3,6 metros do ESO em La Silla, no Chile.

Nos últimos cinco anos, o equipamento - chamado HARPS - identificou mais de 75 dos cerca de 400 exoplanetas conhecidos, em 30 diferentes sistemas planetários.

O mais importante é que os planetas foram encontrados em torno de uma variedade de estrelas, sugerindo que os planetas são comuns na nossa galáxia.

Os planetas gigantes, compostos de gases, foram encontrados orbitando em torno de estrelas "pobres em metal" (que carecem mais em elementos como hidrogênio e hélio do que outras), que até então eram considerados lugares inóspitos para a formação de planetas.

O primeiro exoplaneta foi encontrado em 1995. Com este anúncio do ESO, a contagem total de exoplanetas sobe para 400. O planeta de massa mais baixa tem por volta de cinco vezes a massa da Terra. Os astrônomos esperam, algum dia, encontrar um planeta com massa e órbita semelhantes à da Terra – circundando uma estrela de modo que haja possibilidade de encontrar água em estado líquido na sua superfície.

Concepção artística de exoplaneta com massa 6 vezes maior que a da Terra em órbita da estrela Gliese 667 C – integrante de um sistema triplo – a um vigésimo da distância entre a Terra e o Sol (Foto: ESO/L. Calçada)

Os astrônomos que anunciaram a descoberta usaram um espectrográfico para estudar possíveis planetas próximos às estrelas. O instrumento encontrou leves mudanças causadas na luz das estrelas devido à órbita de um planeta, que não é observado diretamente.

Segundo Udry, um novo instrumento está em desenvolvimento. Cohamado de ESPRESSO, "deve possibilitar a detecção de gêmeos da Terra em todos os tipos de estrelas solares, dentro de cinco ou dez anos".

"Pessoalmente, estou convencido de que planetas estão em todos os lugares", disse Udry

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O anel gigante de Saturno

Pesquisadores da NASA descobriram recentemente que o planeta Saturno possui um anel tão grande que poderia abrigar 1 bilhão de Terras em seu diâmetro.

A parte mais densa deste anel começa a 6 milhões de quilômetros do planeta e termina uns 12 milhões de quilômetros depois. A altura do halo é 20 vezes maior do que o diâmetro do nosso planeta.

Ou seja: É UM ANEL MUITO GRANDE!

Concepção artística do anel gigante em torno de Saturno; planeta empliado no detalhe (Foto: NASA/JPL-Caltech/Keck)

Anne Verbiscer, astrônoma da Universidade da Virgínia em Charlottesville o definiu como "superdimensionado". Ela é uma das autoras de um artigo sobre a descoberta publicado na revista "Nature".  De acordo com ela, se este anel fosse visível da Terra, o veríamos com a largura de duas luas cheias com Saturno no meio. 

Anne e seus colegas usaram uma câmera de infravermelho do telescópio espacial Spitzer para examinar uma parte do espaço dentro da órbita de Febe, uma das luas de Saturno.

Segundo ela, o anel é praticamente invisível para telescópios comuns por ser formado por uma fina camada de gelo e partículas de poeira bem difusas. "As partículas estão tão distantes umas das outras que mesmo se você ficasse em pé em cima do anel, não o veria", disse Anne. 

Os cientistas acreditam que Febe contribuiu com o material para a formação do anel ao ser atingida por cometas.

Os pesquisadores acreditam que a descoberta ajudará a a entender Japeto, outra lua de Saturno. Ela foi descoberta pelo astrônomo Giovanni Cassini em 1671, que percebeu que ela tinha um lado claro e outro bastante escuro, como o yin-yang.

O anel orbita a 27 graus de inclinação do eixo do principal e mais visível anel de Saturno, gira na mesma direção de Febe e na direção oposta a Japeto e às outras luas e anéis de Saturno. Com isso, o material do anel colide constantemente com a misteriosa lua, "como uma mosca contra uma janela".

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