quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

À espera de um milagre

A NASA quer de volta duas sondas na superfície do planeta vermelho: o Phoenix Mars Lander e o Mars Exploration Rover A, o Spirit. As chances de sucesso são praticamente inexistentes em ambos os casos.

A Phoenix foi lançada em agosto de 2007 e iniciou a missão em Marte em maio de 2008. Foi no dia 25 desse mês que seu braço robótico encontrou água na forma de gelo sob a superfície do planeta. A sonda também detectou neve e geada sobre o solo, a interação de água no gelo com a superfície, além de descobrir que esse solo era alcalino com sais e minerais, cuja formação teria exigido a presença de água. Suas transmissões cessaram em novembro de 2008. A NASA não acredita que ela tenha conseguido sobreviver ao rigoroso inverno marciano (e nem espera que ela o tenha feito).

A sonda, movida à energia solar, operou durante cinco meses (dois mais que o previsto) durante o verão do hemisfério norte marciano.

Seu computador tem instruções para caso ela tenha sobrevivido Se os sistemas estiverem funcionando e seus painéis solares estiverem gerando energia suficiente, seria possível estabelecer comunicação. Em cada tentativa, a Phoenix usaria de maneira alternada seus dois rádios e suas duas antenas.

Nessa semana, a nave orbital Mars Odyssey (também da NASA) vasculhará a superfície de Marte para tentar capatar algum sinal da Phoenix – por menor que seja.A Odyssey passará sobre o local de pouso dez vezes por dia durante três dias consecutivos neste mês. Ações semelhantes também serão realizadas em fevereiro e março.

A outra sonda é o robô Spirit, que chegou a Marte com seu gêmeo Opportunity em janeiro de 2004. Eles deveriam deixar de funcionar três meses depois, quando seus painéis solares ficassem cobertos pela poeira do planeta. Porém, cinco anos depois, ambos continuavam transmitindo fotografias e dados sobre a estrutura geológica e a atmosfera do planeta vermelho. Eles já percorreram 21 km.

O problema com o Spirit é que ele não consegue encostar suas seis rodas no chão. Ele está imobilizado num local chamado Troia, na Cratera Gusev.Em meados deste mês, o JPL (Laboratório de Propulsão à Jato, da NASA) enviou uma ordem ao Spirit para tentar um lento movimento de uma das rodas e os resultados foram insignificantes.

Haverá outras tentativas, mas as chances de êxito ficam cada vez menores pois o inverno no hemisfério sul de Marte se aproxima e os dias estão ficando mais curtos a luz solar mais reduzida.

Como se não bastasse, uma tempestade de pó cobriu os painéis e reduziu a energia a ponto de deixar os sistemas trabalhando em um nível mínimo.

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