segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Faixas sumidas de Júpiter estão voltando

"Tempestade" no cinturão equatorial de Júpiter; no detalhe, a listra que está ficando escura novamente (Foto: JPL/NASA, Universidade de Oxford, Berkeley, Observatório Gemini)Uma das características listras marrom-escuras de Júpiter que astrônomos amadores notaram ter ficado branca parece que estar recuperando sua cor original.

Nesta quinta, astrônomos anunciaram ter observado as primeiras imagens do reaparecimento da listra sumida.

Conhecida como Cinturão Equatorial Sul (SEB), a listra fica na parte ao sul da linha do equador do planeta e pode ser vista por telescópios amadores. Geralmente, é marrom, mas no último outono, ela sumiu – para alguns, ficou branca.

Essa mancha fez com que astrônomos amadores e profissionais de todo o mundo apontassem seus telescópios para Júpiter.

Depois de várias observações com os três telescópios no Havaí, cientistas agora dizem que a listra está reaparecendo aos poucos.

A foto ao lado foi tirada em 18 de novembro pelo telescópio Gemini North. Ela combina imagens em azul, vermelho e amarelo em uma composição de cores falsas, que mostra claramente a "tempestade" no SEB. E a listra, que está branca desde o outono, agora parece estar se tornando escura de novo.

Cassini descobre atmosfera em Reia

A sonda Cassini, em órbita de Saturno desde 2004, de oxigênio e dióxido de carbono na atmosfera de Reia, a segunda maior lua de Saturno. Em março a sonda passou a 97 km da superfície de Reia em consegui coletar moléculas da atmosfera e confirmar a existência da camada de gases. Pesquisadores de Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha dizem que a presença de oxigênio na atmosfera do local é consistente com imagens feitas por equipamentos como o  Hubble.

A quantidade de oxigênio presente em Reia é muito inferior à que existe na Terra.  A atmosfera detectada pela Cassini é extremamente rarefeita, devido à baixa densidade e à massa pequena do satélite, entre outros fatores. A capacidade de um corpo assim conseguir reter gases e formar uma atmosfera, aliás, foi um dos aspectos que mais intrigaram os cientistas. Normalmente, os corpos celestes que possuem atmosfera costumam ser mais densos.

Reia tem apenas 1.500 km de diâmetro e está sempre coberta por uma fina camada de gelo. A estimativa é de que a temperatura no local seja de -180ºC. A atmosfera do satélite, que tem 70% de O2 e 30% de CO2, tem apenas 100 km – é tão fina que se estivesse submetida à temperatura e à pressão da Terra, caberia bem em um prédio de tamanho médio.

A descoberta vai ajudar os cientistas a entender onde mais no Universo pode haver oxigênio e a planejar futuras missões no espaço, inclusive com humanos.

"Cassini descobre oxigênio em atmosfera de Reia", BdA, 29/11/2010

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Doug Wheelock fotografa noite terrestre

Douglas Wheelock, astronauta da NASA no comando da Estação Espacial Internacional, tem compartilhado pelo seu Twitter (@Astro_Wheels) fantásticas imagens da noite na Terra. A fotografia a seguir mostra a aurora boreal, Londres e Paris. "Aurora Borealis à distância nesta bela noite sobre a Europa", escreveu Wheelock.

Fotografia a partir da ISS mostrando a Europa e auroras à noite (Foto: Douglas Wheelock)

Ele também tirou esta fotografia, que mostra claramente a Flórida numa noite clara e calma. "A península da Flórida e sudoeste dos E.U.A. no tipo de noite do qual mais sinto falta no nosso planeta", escreveu. "Uma clara noite de outono com luar sobre a água e o céu preenchido com um bilhão de estrelas."

Florida à noite, fotografada da ISS (Foto: Douglas Wheelock)

Na próxima foto, o Rio Nilo e seu delta, parecem uma flor se curvando na brisa calma. "Uma vista noturna do Rio Nilo serpenteando pelo deserto egípcio em direção ao Mar Mediterrâneo e Cairo no delta do rio."

Nilo fotografado da ISS (Foto: Douglas Wheelock)

Esta última foto mostra as bordas orientais do Mar Mediterrâneo. "Terras antigas com milhares de anos de história se estendendo de Atenas, Grécia, por todo o caminho em volta do Med[iterrâneo] até Cairo, Egito."

A porção leste da região do Mediterrâneo, visto da ISS (Foto; Douglas Wheelock)

Wheelock chegou à Estação em junho e deve voltar á Terra em 25 de novembro. Pelos tweets dele, fica claro que ele a vista vai fazer falta. "Vou sentir falta de nosso mundo maravilhoso."

"Astronauta na ISS fotografa noite terrestre", BdA, 19/11/2010

Deep Impact atravessa nuvem de gelo e CO2 do cometa Hartley 2

A sonda Deep Impact – cumprindo a missão EPOXI –, da NASA, ficou no meio de uma tempestade de gelo num de seus últimos voos, quando estava próxima ao cometa Hartley 2. A nave chegou a 700 quilômetros do cometa em 4 de novembro. Câmeras na sonda registraram imagens da tempestade. Elas mostram uma espécie de névoa branca cercando o cometa, que tem cerca de 800 metros de comprimento.

A tempestade foi causada por jatos de dióxido de carbono lançados do interior do cometa. Conforme era expelido, o gás levava consigo toneladas de gelo. Alguns fragmentos eram do tamanho de bolas de basquete. Os pesquisadores da NASA disseram que esse tipo de tempestade contraria o que se pensava sobre o comportamento dos cometas.

Imagem ampliada feita pela sonda mostra partículas de gelo do cometa (Foto: NASA/JPL-Caltech, UMD)

"Quando vimos isso pela primeira vez, nossas bocas simplesmente se abriram", diz Peter Schultz, da Brown University, cientista da equipe da missão de sobrevoo. "Para mim, esta coisa toda se parece com um globo de neve que você chacoalhou."

 

"Deep Impact atravessa nevasca do cometa Hartley 2", BdA, 19/11/2010

Tempestades solares ameaçam redes elétricas e de comunicação

Os distúrbios magnéticos originados no Sol podem afetar não só satélites em alta altitude, mas também redes elétricas no solo, oleodutos e redes de comunicação. Quando o campo magnético terrestre sofre grandes perturbações, produz correntes na superfície da Terra

Sol (Foto via arquivo do editor)

A tempestade solar mais forte registrada ocorreu em 1859. Foi considerada moderada porque a civilização não dependia tanto de tecnologia. Se ela tivesse ocorrido nos dias de hoje, os prejuízos seriam significativos. Em 13 de março de 1989, uma tempestade magnética devida a um fluxo de partículas solares eletricamente carregadas havia provocado pane na rede Hydro-Quebec, deixando 6 milhões de canadenses sem eletricidade por 9 horas.

Uma grave tempestade solar poderia causar vinte vezes mais prejuízos econômicos aos Estados Unidos do que o furacão Katrina, de 2005, advertiu a Academia estadunidense de Ciências em 2008. O custo poderia chegar a US$ 2 bi de dólares num primeiro ano de ocorrência de uma tal catástrofe. O relatório destaca a vulnerabilidade de setores como as redes elétricas, localização GPS, transportes aéreos, transações financeiras, comunicações radiofônicas.

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