quarta-feira, 10 de março de 2010

Ação judicial que acusa LHC de poder causar o fim do mundo é barrada na Alemanha

O Tribunal Constitucional da Alemanha não concordou com uma alemã moradora de Zurique de que as experiências científicas do Grande Colisor de Hádrons (LHC) acabem criando buracos negros e destruindo o planeta.

O indeferimento do recurso foi comunicado ontem. A demandante, que mora a cerca de 220 quilômetros da sede da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN), já havia tentado embargar o LHC no Tribunal de Contencioso Administrativo da Renânia do Norte-Vestfália. Ela queria que uma "intervenção" da Alemanha parasse os experimentos.

A suprema corte alemã argumentou que a demandante não explicou o bastente o motivo de achar que as atividades do laboratório agridem seus direitos fundamentais nem apresentou razões convincentes "que tornem seus receios plausíveis".

Essa ação judicial não é a primeira (e é muito provável que não seja a última) a acusar o acelerador de partículas de poder causar o fim do mundo. Uma das tentativas cancelar as operações do LHC ocorreu no Havaí há alguns anos.

Terremoto no Chile deslocou cidades da América do Sul

A semana está sendo bem agitada e não estou podendo atualizar os blogs com tanta frequencia. Enquanto isso, confira um rápido vídeo da GloboNews…

quinta-feira, 4 de março de 2010

MRO fotografa 'cratera invertida'

A NASA divulgou a foto de uma 'cratera invertida' em Arabia Terra, Marte . A imagem foi feita no começo do ano pelo Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), um satélite dedicado ao mapeamento do planeta.

'Cratera invertida' em Arabia Terra, Marte, em foto recente da MRO (Foto: NASA/JPL-Caltech/University of Arizona/AP)

Desde 2006 (ano de seu lançamento), a sonda já enviou 100 terabytes de dados, o equivalente a 3 milhões de músicas em MP3. A MRO ainda orbita o planeta buscando por evidências de que no passado havia água por lá.

Espelhos do James Webb passam em teste de baixa temperatura

Ontem, a NASA anunciou que os espelhos do Telescópio Espacial James Webb (James Webb Space Telescope, JWST), cujo está lançamento previsto para 2014, passaram num teste crucial.

Seis dos 18 espelhos hexagonais do Webb – cada um com 6,5 metros de lado a lado – foram testados em uma câmara criogênica e de raio X, onde suportaram temperaturas de até -248°C.

Espelhos foram submetidos a 248°C negativos (Foto: Emmett Givens/NASA e MSFC)

Os testes, fundamentais para ter certeza de que os espelhos suportarão as condições extremas do espaço, foram feitos com os módulos separados e unidos.

Os esplhos também passaram por um "polimento criogênico", para que cumprissem as especificações ópticas. O processo assegura que, ao atingir temperatura de funconamento, a forma do espelho será exatamente a planejada para que o telescópio possa captar imagens precisas de estrelas e galáxias distantes.

Projeto é parceria entre NASA, ESA e CSA (Foto: Emmett Givens/NASA e MSFC)

Para validar os resultados, a NASA vai realizar uma bateria de rechecagens.

Os planos de construção e lançamento do JWST começaram a ser esboçados há dez anos. O telescópio tem três patrocinadores: a NASA (National Aeronautics and Space Administration, Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço), a ESA (European Space Agency, Agência Espacial Europeia) e a CSA (Canadian Space Agency, Agência Espacial Canadense).

 

Para saber mais, confira o post "Espelho, espelho de Webb".

Inocente

O principal suspeito de ter sido o asteroide que extinguiu os dinosauros foi inocentado. A defesa foi apresentada por dois astrônomos no Rio.

Eles contestam um trabalho de uma equipe internacional de 2007. Segundo essa pesquisa, um asteroide gigante se chocou com outro em algum lugar entre as órbitas de Marte e Júpiter há cerca de 160 milhões de anos. O choque deixou lascas – a família Baptistina de asteroides. Umas dessas lascas teria vagado por aí por 95 milhões de anos até atingir a Terra.

Porém, a nova pesquisa demonstra que "não tem nenhuma chance de ter sido ele", diz Jorge Carvano, astrônomo do Observatório Nacional (ON).

Ele e Daniela Lazzaro, também do ON, observaram o 298 Baptistina, do qual as lascas foram arrancadas. Medindo seu albedo (porção de luz refletida), descobriram mais sobre suas características e as compararam com as do criminoso – que deixou a enorme cratera de Chicxulub (México) como evidência.

"Existem materiais que refletem menos luz, como carvão, e mais, como gelo. O albedo não permite que se diga exatamente qual a composição do asteroide, mas dá para afirmar que ela não bate com a do objeto que se chocou com a Terra", afirma Carvano.

O asteroide que caiu no México refletia pouca luz. O 298 Baptistina, muita. Os resultados serão publicados na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

"O grupo do estudo de 2007 não faz observação. É um grupo que faz pesquisa teórica [modelos matemáticos], eles levantaram hipóteses bastante forçadas", diz Carvano.

Além disso, numa escala de milhões de anos, o albedo influencia o movimento do objeto, em função da força criadas pelo reflexo da luz solar. "[O grupo de 2007] não sabia qual era o albedo e assumiu um valor errado."

Assim, a origem do objeto que acertou a Terra volta a ser uma dúvida. "Pode até ter sido um cometa", diz Carvano.

terça-feira, 2 de março de 2010

Mais água na Lua!

O radar Mini-SAR, da NASA, abordo da sonda Chandrayaan-1 (um satélite lançado em outubro de 2008 que deve orbitar dois anos ao redor da Lua), da ISRO, detectou crateras próximas ap polo Norte da Lua cheias de gelo. As crateras têm de 1,6 a 15 km de diâmetro.

Imagem da sonda mostra as 40 crateras novas (vermelho) e irregulares (verde) com gelo encontradas no polo Norte da Lua (Foto: NASA)

"Embora o total de gelo dependa da espessura em cada cratera, estima-se que poderá haver pelo menos 600 milhões de toneladas métricas de água congelada", informou a NASA.

“O quadro que está emergindo das diversas medições, e dos dados dos intrumentos das missões lunares, indica que a criação, migração, depósito e retenção de água estão ocorrendo na Lua”, afirmou Paul Spudis, principal pesquisador do Mini-SAR no Lunar and Planetary Institute de Houston.

O achado "mostra que a Lua é um destino mais interessante e atraente no aspecto científico, operacional e de exploração do que as pessoas pensavam anteriormente", disse.

O Mini-SAR, um radar com menos de 10 kg, passou o último ano mapeando as crateras lunares permanentemente na sombra e invisíveis da Terra, usando as propriedades de polarização das ondas de rádio.

As descobertas do radar, que serão divulgadas em detalhes no Geophysical Research Letters, seguem as descobertas de outros instrumentos da NASA e se somam às informações sobre as diversas formas de água encontradas na Lua.

O Moon Mineralogy Mapper (da NASA), também a bordo do Chandrayaan-1, descobriu moléculas de água nos polos da Lua, enquanto o Lunar Crater Observation and Sensing Satellite (LCrOSS) da NASA encontrou vapor de água.

Os cientistas indianos da missão Chandrayaan-1 confirmaram as descobertas após a análise das ondas luminosas captadas pelos instrumentos norte-americanos.

Terremoto no Chile pode ter mudado eixo da Terra e encurtado dias

No sábado, dai 27, um terremoto sacudiu 80% do Chile e deixou centenas de mortos. O tremor atingiu a magnitude 8,8 na escala Richter. Segundo Richard Gross, do JPL/NASA (Califórnia), o abalo encurtou o período de rotação da Terra.

A análise preliminar calcula algo próximo de 1,26 microssegundos (milionésimos de segundo). Portanto, é pouco provável que as pessoas lamentem ter menos tempo a partir de agora.

Gross e seus colegas calcularam também que a rotação foi alterada porque o eixo de massa da Terra se moveu. A alteração do eixo de rotação é estimada em 2,7 miliarcsegundos – por volta de 8 cm ou 3".

É em torno desse eixo é que a massa do planeta se equilibra em relação ao Sol. Os cientistas não se referem ao eixo Norte-Sul, que tem uma diferença de uns 10 metros.

Gross teve a cautela de ponderar que seus números provavelmente vão mudar à medida que os dados sobre o tremor forem refinados.

Gross também usou o modelo para estimar as consequências do terremoto de magnitude 9,1 na região do oceano Índico, em 2004. Este terremoto teria encurtado o período de rotação em 6,8 microssegundos e alterado o eixo da Terra em 2,32 miliarcsegundos (aprox. 7 cm, ou 2,76").

Segundo o cientista, o terremoto chileno, menor do que o asiático, causou uma alteração maior por dois motivos. O primeiro é a latitude inferior onde ocorreu, que facilita alterações no eixo do planeta. (O de 2004 ocorreu próximo à linha do Equador.) O segundo é que a falha subterrânea responsável pelo terremoto chileno possui um ângulo mais abrupto, fazendo-o mais efetivo em mover a massa da Terra verticalmente, e também em alterar o eixo da Terra.

Leia mais no BdA.

Terra capta nuvem de poeira em Santiago após terremoto

O Observatório Terrestre da NASA divulgou nesta segunda a imagem de uma grande nuvem negra que se formou sobre Santiago, capital do Chile, após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter que atingiu o país no sábado.

Imagem de satélite de Santiago em 27/02/2010 (Foto: NASA / G1 / Eduardo Oliveira)

A imagem foi feita pelo MODIS (Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer), abordo do satélite Terra e a NASA explicou que uma nuvem se formou pela poeira ou poluição no sábado às 10h25 no Chile.

O nevoeiro envolveu o norte de Santiago, enquanto outra nuvem com a mesma cor de neblina foi registrada ao sul.

O abalo mais potente já registrado pelo homem, 9,5 na escala Richter, foi na mesma região, em 1960, e gerou um tsunami que matou 61 pessoas no Havaí.

LHC de volta à ativa!

Feixes de partículas voltaram a circular pelo Grande Colisor de Hádrons (LHC), a "máquina do Big Bang", sob a fronteira franco-suíça. A velocidade máxima deve ser atingida dentro de 4 semanas.

"Tivemos uma parada técnica no Natal e isso acabou. Os feixes estão circulando novamente", afirmou Barbara Warmbein, porta-voz do CERN (Organização Europeia de Pesquisa Nuclear, que administra o LHC) à Reuters.

Condições semelhantes às do momento seguinte ao Big Bang, 13,7 bilhões de anos atrás, devem ser obtidas quando as colisões com a maior energia possível ocorrerem.

Cientistas no mundo inteiro vão examinar os dados procurando pelo bóson de Higgs, cuja existência foi prevista há três décadas pelo cientista escocês Peter Higgs para explicar como a matéria se juntou e formou o universo.

"O plano é funcionar com essas energias por 18 a 24 meses, para dar aos experimentadores os dados que eles precisam para trabalhar", disse Warmbein.

Mais três Glonass em órbita

Na madrugada desta terça, a Rússia lançou mais três satélites de posicionamento Glonass a partir de Baikonour (Cazaquistão).

Lançamento de mais três satélites Glonass (Foto: AFP)

Os três satélites, com 1,4 tonelada cada, se somaram aos 20 aparelhos do Glonass que já estavam em órbita.

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